Esta deveria ser uma das passagens mais encorajadoras para qualquer um de nós que tentou ser uma testemunha como cristão. Falar das coisas de Cristo e das coisas de Deus é fácil em uma igreja onde estamos reunidos com amigos cristãos porque ninguém se oporá a isso. No entanto, quando tentamos falar sobre essas coisas com pessoas que não creem, pessoas que estão focadas principalmente em cuidar de si mesmas e em buscar fama ou riqueza, descobrimos que isso pode ser algo muito difícil. Sentimos uma fraqueza pessoal, medo e tremor. Foi assim que Paulo se sentiu, e isso deveria ser um encorajamento para nós.

Ele se sentiu assim porque aquilo que ele dizia não era o que as pessoas queriam ouvir sobre si mesmas. Não massageava o seu ego; não as fazia parecer incrivelmente importantes. Paulo rejeitou deliberadamente essa abordagem porque ela está errada e não ajuda o homem. Em vez disso, ele começou a falar sobre o julgamento de Deus sobre o pensamento, as atitudes e a sabedoria do homem e isso o fez sentir-se rejeitado. De certa forma, era isso que Paulo estava sofrendo em Corinto. Ele veio, mas não houve uma recepção que agradasse o seu ego, ele não foi convidado para jantares, não recebeu nenhum prêmio.

Ele nos conta como se sentiu. Ele sentiu medo, fraqueza e ineficiência. Sentiu que suas palavras não eram excelentes, que não impressionou ninguém com sua abordagem do assunto. Alguma vez você já se sentiu assim? Eu já, muitas vezes. Já me sentei com uma pessoa e quando fui testemunhar, senti como se tivesse duas línguas que tropeçavam uma na outra. Eu não parecia ter as respostas certas para as coisas. Eu senti como se não estivesse fazendo nada de forma eficaz. Mesmo assim, Paulo não ficou desanimado. No livro de Atos somos informados de que depois de ter estado em Corinto por alguns meses, o Senhor Jesus apareceu a ele em uma visão e o fortaleceu, dizendo: “Não tenha medo, continue falando e não fique calado, pois estou com você, e ninguém vai lhe fazer mal ou feri-lo, porque tenho muita gente nesta cidade" (Atos 18:9,10). Paulo estava com medo de apanhar, como havia acontecido em outras cidades. Ele tinha medo de ser tachado de fanático religioso. Ele não gostou desses sentimentos, mas começou a falar fielmente sobre Jesus Cristo.

Logo, houve um segundo resultado visível. Paulo chama isso de demonstração do poder do Espírito. Conforme Paulo, imerso neste grande sentimento de fraqueza, contava os fatos e a história com a simples sinceridade do seu coração, o espírito de Deus começou a trabalhar e as pessoas começaram a vir a Cristo. Como lemos no relato em Atos, primeiro, os governantes da sinagoga se voltaram para Cristo e então centenas de pessoas comuns e simples de Corinto começaram a se tornar cristãs. Logo houve um grande despertar espiritual, e antes que a cidade de Corinto soubesse o que tinha acontecido, uma igreja foi plantada em seu meio e uma agitação espiritual se espalhou por toda a cidade. Acredito que mesmo quando nos sentimos inadequados, Deus pode nos usar de forma contínua e constante para espalhar a Sua Palavra.

Você se sente encorajado por isso? Eu me sinto. Às vezes, você pode compartilhar a sua fé de maneira simples e direta, tomando um café com alguém. Mesmo que não saiba usar palavras elaboradas ou discursos eloquentes, você gagueja alguma palavra sobre o que Jesus Cristo significou para você, e a seriedade em seu rosto, o amor e a compaixão em seu coração transparecem de maneira simples e tocam alguém que nunca teria sido alcançado por palavras elaboradas. É disso que Paulo está falando, da simplicidade da abordagem. Ele sabia o que estava fazendo porque estava simplesmente sendo honesto com eles. Ele estava dizendo a eles o que era verdade sobre suas vidas.

Usado com permissão de Ray Stedman Ministries pela Global Media Outreach.