Como filho de Deus, você tem um relacionamento especial com os outros cristãos. A carta de Paulo aos Efésios mostra essa relação em dois jeitos diferentes.

Corpo de Cristo

Primeiro, todo aquele que crê é um membro do Corpo de Cristo. Seu corpo tem vários membros, e cada um deles é essencial. Paulo fala que todo membro do Corpo deve crescer e trabalhar junto.

“Cresçamos em tudo Naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor.” (Efésios 4:15-16)

Segundo, o povo de Deus está crescendo para se tornar um templo para a habitação de Deus. “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo no Senhor. Nele vocês também estão sendo juntamente edificados, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito.” (Efésios 2:20-22)

Maturidade Espiritual e Semelhança com Cristo

Se o Corpo de Cristo deve tornar-se maduro e o templo deve ser edificado como habitação de Deus, todo Cristão individualmente deve ser comprometido em edificar um ao outro. A edificação é um termo bíblico para esse processo (Efésios 4:12), que resulta em crescimento espiritual. O objetivo da edificação é a maturidade espiritual e a semelhança com Cristo. À medida que cada membro faz sua parte para edificar o outro, o Corpo inteiro cresce e se torna maduro e saudável.

Há maneiras diferentes de edificar o Corpo de Cristo. Várias frases do Novo Testamento com as palavras “um ao outro” ou “edificar” sugerem maneiras específicas de edificar um ao outro. Vejamos alguns exemplos.

“Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem.” (Efésios 4:29)

Palavra Genuína

Tão facilmente falamos uns aos outros palavras que ferem, criticam ou destroem, ou que simplesmente são inúteis. Em vez disso, deveríamos edificar uns aos outros com palavras de graça — a escolha certa de palavras, ditas no momento certo e com o espírito certo. Palavras de graça ministram aos outros e suprem suas necessidades. Essas palavras expressam amor, encorajamento, aceitação e afirmação. Qual de nós não se sente edificado em seu espírito ao ouvir palavras genuínas como essas?

- “Eu te agradeço”

-   “Eu te amo”

-   “Deus te usou para ministrar à minha vida”

-   “Obrigado pelo seu ministério altruísta”

-   “Eu tenho notado como Deus está mudando essa área na sua vida e eu me alegro com você por isso.”

“Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo.” (Efésios 4:32)

O amor genuíno não se ofende com facilidade; não guarda mágoa; não impõe expectativas ou exigências aos outros; não é condicional. Como aqueles que receberam a infinita misericórdia e bondade de Deus, Ele espera que entendamos esse mesmo tipo de amor uns aos outros. Esse tipo de amor coloca os outros em primeiro lugar e está revestido de um espírito de humildade. “Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios.” (Romanos 12:10) “Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros” (Filipenses 2:4). Esse tipo de amor demonstra o espírito de Cristo ao buscar maneiras de servir ao próximo e estar disposto a ser incomodado para suprir as necessidades dos outros. “Sirvam uns aos outros mediante o amor. (Gálatas 5:13)

“E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras… mas encorajemo-nos uns aos outros.” (Hebreus 10:24-25)

O Desânimo Acontece

A vida cristã é uma batalha; é uma corrida. Nem sempre é fácil. Às vezes os soldados ficam desanimados, corredores ficam cansados. Eles precisam ser encorajados. Eles precisam ser animados. Paulo falou aos Cristãos Hebreus que estavam sofrendo perseguição e desanimados: “Nos deixe considerar como podemos estimular uns aos outros a amar e servir o Senhor mais fielmente. Vamos torcer uns pelos outros!”

Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações. (Colossenses 3:16)

Todo cristão precisa conhecer pessoalmente a palavra de Deus, não apenas para o próprio crescimento, mas também para ministrar aos outros. Cada um de nós precisa do ministério de ensino e admoestação de crentes cheios do Espírito Santo. E cada um de nós deve estar ativamente envolvido em edificar a vida dos outros com verdades bíblicas que foram “colocadas em prática” e comprovadas em nossa própria vida.

Às vezes isso quer dizer que devemos estar dispostos a confrontar um irmão em Cristo sobre uma área de sua vida que não está em conformidade com as Escrituras (Romanos 15:14; Gálatas 6:1; Mateus 18:15). Tal admoestação deve ser sempre gentil, amorosa e humilde, reconhecendo que somente a graça de Deus nos deu vitória naquela área específica. Não é fácil edificar uns aos outros dessa maneira, pois a admoestação muitas vezes é dolorosa. Mas ela também é uma das maiores evidências de amor genuíno. Agradeço a Deus pelos crentes que me amam o suficiente para apontar áreas da minha vida que não agradam a Ele. Pessoas assim são essenciais para me ajudar a me tornar mais parecida com Cristo.

Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo. (Gálatas 6:2)

Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram. (Romanos 12:15)

Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele. (1 Coríntios 12:26)

Um dos privilégios de ser membro do Corpo de Cristo é que nunca carregamos um fardo sozinhos. Quando um de nós está sofrendo, todos sofremos. Quando meu pai foi para o céu, muitos cristãos compartilharam daquele sofrimento comigo. Deus usou a oração, as lágrimas e as palavras de encorajamento deles para me sustentar e me lembrar do amor de Deus por mim. Devemos aprender como sermos sensíveis com aqueles que estão carregando fardos. Precisamos praticar expressando cuidado e preocupação escutando, orando, encorajando e carregando o fardo sempre que possível.

Há muitos outros “uns aos outros” na Bíblia.

 “Não falem mal uns dos outros.” (Tiago 4:11)

“Não se queixem uns dos outros.” (Tiago 5:9)

“Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. (Tiago 5:16)

Nenhum de nós alcançará a maturidade espiritual se não estivermos comprometidos tanto em permitir que outros edifiquem nossa vida quanto em edificar a vida dos outros.

 Usado com a permissão do Ministério Revive Our Hearts pela Global Media Outreach